Plataforma de fintech facilita o acesso a crédito em comunidades

Site DCI Online - 17/05/2018

FERNANDA GÜTSCHOW • SÃO PAULO

Com uma plataforma que conecta pessoas a serviços financeiros, a EasyCrédito venceu o edital da Agência de Desenvolvimento Paulista (Desenvolve SP) para testar um modelo que amplie e facilite o acesso dos microempreendedores individuais (MEIs) ao crédito sustentável.

“A nossa plataforma funciona como um ‘mercado livre’, conectando pessoas que precisam de crédito com empresas que ofereçam esse crédito”, explicou o CEO e fundador da startup vencedora, Marcos Ramos. De acordo com ele, a EasyCrédito disponibiliza o crédito de seus parceiros em uma espécie de lista e os interessados podem pedir por esse financiamento.

A plataforma também soluciona um problema. “A pessoa sempre vai escolher aquela oferta com menor taxa de juros, mas nem sempre é o crédito que será aprovado. Nós resolvemos essa assimetria e oferecemos aqueles que têm mais chance de aceitar”, comentou Ramos.

O edital faz parte do projeto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Sebrae que levará desenvolvimento econômico às comunidades brasileiras, começando por Heliópolis e Paraisópolis. Por meio de nota, o diretor-presidente da Desenvolve SP, Álvaro Sedlacek, afirmou que, além de agilizar todo o processo, a fintech permite que custos envolvidos no financiamento sejam reduzidos. Enquanto a EasyCrédito cruza as informações que facilitam a avaliação de risco e a liberação de recursos, a Agência de Desenvolvimento será responsável pela gestão da carteira de clientes da plataforma.

“O público precisa de mais orientação, mas também precisa de novas tecnologias que fujam do original para ter novas oportunidades”, completou o fundador da EasyCrédito.

Solicitação

O financiamento poderá ser solicitado por MEIs das comunidades que participarem das oficinas de orientação para acesso ao crédito, ministradas pelo Sebrae. Esses encontros serão feitos após a fase de testes da plataforma. Os recursos do projeto-piloto serão aportados pelo BNDES no valor de até R$ 10 milhões.

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