Startup: termos e conceitos
O universo das startups conta com termos e conceitos que nem sempre são tão fáceis de entender. Para ajudar o empreendedor a desvendar esses mistérios e investir sem medo no desenvolvimento do seu projeto, a revista da Desenvolve SP apresentou um breve glossário com algumas das palavras mais usadas nesse meio. Confira:
ACELERADORA: Cede espaço físico e investe um pequeno capital na startup, por um curto espaço de tempo, de 6 a 12 meses. Tem participação na empresa em troca de serviços que vão de mentoria a networking. Mas o grande diferencial de uma aceleradora, segundo Oswaldo Fernandes, da Baita Aceleradora, “é que elas validam o modelo de negócio no mercado, de forma rápida e com baixo custo”.
INCUBADORAS: Próprias de ambientes universitários, buscam startups capazes de trazer ao mercado tecnologias e produtos criados nos laboratórios. Por isso, os setores da economia e o tempo de incubação são mais amplos, mas o suporte de mercado e gestão é parecido com o de uma aceleradora. No entanto, as incubadoras não alocam recursos diretamente nas startups nem detêm participação acionária.
PITCH: O pitch é um modelo de apresentação rápida para potenciais investidores na startup. O empreendedor deve, em poucos minutos, mostrar o potencial de sua ideia para convencer o investidor, seja ele um investidor-anjo ou um fundo de participação. É um primeiro contato e deve despertar interesse. Para se dar bem, é preciso treino e conhecimento profundo do negócio.
FUNDO DE INVESTIMENTO E PARTICIPAÇÃO: É uma importante fonte de recursos que injeta capital em empresas consolidadas ou startups com forte potencial de crescimento, por meio da compra de participação acionária. Com isso, o fundo traz gestão, governança, relacionamento e passa a participar das decisões da empresa. No Brasil, todos os Fundos de Investimento em Participações são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
INVESTIDORES-ANJO: Diferente de fundos de participação, o investimento-anjo é geralmente feito por pessoa física ou grupo de pessoas, que compra uma participação minoritária do negócio, com investimentos menores, de no máximo R$ 1 milhão. Mas assim como o fundo, ele traz às startups o “smart-money” (dinheiro inteligente, em tradução livre). “É o investimento que traz mais do que simplesmente dinheiro, traz relacionamento, gestão, conhecimento de mercado, aumentando as chances de sucesso da startup”, afirma Maria Rita Bueno, da Anjos do Brasil.
CROWDFUNDING: O crowdfunding é uma forma de financiamento colaborativo, a popular “vaquinha”. Por meio de um site a startup apresenta seu produto ou serviço, e as pessoas interessadas na iniciativa contribuem com uma pequena quantia. Se a startup tiver sucesso, o investidor pode receber o dinheiro de volta com lucro.
LEAN STARTUP: É uma alternativa ao plano de negócios, é uma solução enxuta para testar produtos ou serviços antes de colocá-los no mercado. Em vez de desenvolver por completo um site ou app, por exemplo, as startups criam o que chamam de Produto Mínimo Viável, que deve ser alterado a partir do retorno dos usuários. O que, na opinião do professor de Empreendedorismo do Insper Marcelo Nakagawa, “permite ao empreendedor errar menos, errar fácil, gastar pouco e principalmente aprender com os erros”. Se não der certo, a startup “pivota”: altera drasticamente a proposta para ser aceita no mercado.