Crescendo com dados

19/06/2017

Saber lidar com o volume de dados disponível da rede cada vez maior é fundamental para o empresário ter sucesso.

Luís Veloso

Hoje, com o mundo cada vez mais conectado, é fácil e barato saber o que seu cliente quer e como ele se comporta. Se antes era necessário fazer pesquisas de mercado, agora não é preciso nem perguntar. Ao navegar pela internet, o usuário, ou melhor, o potencial cliente, fornece informações e dados importantes e verdadeiros sobre preferências, costumes e hábitos de consumo. O desafio é saber usar todo esse oceano de informações a favor do seu negócio.

O termo Big Data já está inserido no dia a dia de muitas grandes empresas. Mesmo quem não está familiarizado com o assunto, com certeza, já ouviu falar. Big Data pode ser resumido em três “Vs ”: Volume (quantidade de dados), Velocidade (rapidez de criação e disseminação) e Variedade (tipos de dados compartilhados). Já a novidade que nem todo mundo conhece, mas promete revolucionar a forma com que empresas buscam seus clientes, atende pelo nome de Growth Hacking.

Para Leandro Herrera, professor da Marketing Digital na ESPM, o Growth Hacking engloba as estratégias e táticas utilizadas por empresas digitais para crescer – ou seja, adquirir, reter e monetizar usuários – utilizando essencialmente canais digitais. “Geralmente, o time de Growth tem muita autonomia para experimentar novos canais e táticas, com influência direta na experiência do usuário e em todas as decisões baseadas na análise detalhada de dados”, diz Herrera.

Big para pequenos

Como aproximar o Big Data ou Growth Hacking da realidade da pequena empresa? Segundo Gabriel Costa, especialista em Growth da Resultados Digitais, o essencial é ter alguém criativo na equipe. “Não é preciso um time muito grande, softwares caros. Até pela essência, o conceito nasceu em startups com estrutura muito enxuta”, diz. “É importante ter alguém que seja voltado ao criativo, que pense fora da caixa. ”

Na prática

São inúmeras as estratégias de Growth para diferentes estágios da jornada do usuário/cliente. Existem táticas para aumentar o retorno ao produto após a primeira visita e outras para prevenir que o cliente deixe de ser um assinante premium ou cancele a assinatura de um serviço, por exemplo. O benefício é aumentar a base de usuários e o volume de clientes da empresa, sem que os custos incorridos nessa ação tenham de aumentar na mesma proporção.

Um exemplo de ferramenta boa e gratuita é o Google Analytics. Com ele a empresa é capaz de medir o desempenho do site, medir o que funciona, onde estão os acessos, as páginas mais interessantes, o que não está indo bem, ou seja, um conjunto de informações para auxiliar na correção de problemas. Também existem diversos outros instrumentos disponíveis no mercado, o importante é identificar a necessidade da empresa e saber usá-los.

Para ficar de olho!

Search Engine Optimization (SEO): ferramentas de otimização do site ou blog para aumentar as chances de ser encontrado no Google.

 Aquisições pagas: podem ser executadas mediante uso de estratégias de Search Engine Marketing (SEM) e links patrocinados, por exemplo.

Aquisições virais: é um processo orgânico (sem pagamento). Ocorre a partir de compartilhamento de conteúdo pelos usuários existentes e, em seguida, para novos.

E-mail marketing: é uma estratégia de relacionamento que ainda faz sentido, capaz de converter novos consumidores por meio do disparo de e-mails direcionados.

Marketing de conteúdo: criação de blogs corporativos, com conteúdo educativo em formato de posts, e-books, vídeos, infográficos, entrevistas etc.

Fonte: Revista Desenvolve SP – edição 5, p.31