Comida: esse negócio sempre dá certo!

20/12/2018

O setor de alimentação é um dos mais fortes da economia do país. Em 2015, de acordo com dados do Sebrae, o faturamento do setor de alimentação chegou a mais de R$ 170 bilhões. porém, vale destacar que esse segmento também é um dos que têm maior concorrência e se destacar em meio a um mar de novos negócios que surgem todos os dias não é tarefa fácil. Mesmo assim, grande parte dos negócios prosperam e ganham o mercado rapidamente.

Com cada vez menos tempo e disposição para preparar refeições em casa, em função de longas jornadas e os autos custos para manter funcionários domésticos, o brasileiro opta cada vez mais por comer na rua. O segmento conta com um giro mensal de de 80 milhões de clientes.

Para conhecer um pouco mais do universo de possibilidades dentro do universo da gastronomia. Conversamos com Larissa Januário, que de jornalista, tornou-se empreendedora do setor e hoje, além de assinar o site semmedida.com – que já existe há 10 anos – também tem um serviço de catering e o projeto jantar secreto ao lado do marido, o chef Gustavo Rigueiral.

 

1 – A Comida sempre foi uma paixão? Como decidiu que iria mudar o foco e investir em um negócio que não era exatamente a sua área?

Sempre! Desde muito pequena eu gostava de cozinhar. Fui crescendo e a paixão cresceu comigo e só se fortaleceu. Na verdade eu sempre busquei trabalhar com cozinha. Antes de ser jornalista, fiz engenharia de alimentos, mas acabei interrompendo o curso. Depois , ja no jornalismo, segui com foco em gastronomia. Escrevendo sobre o tema para veículos e mesmo no meu blog de conteúdo gastronomico, o semmedida.com que existe há 10 anos ja.

2 – Quanto tempo entre o planejamento e a execução dos projetos? Foi preciso um alto investimento?
Na verdade os projetos aqui surgiram meio organicamente. Então não teve aquele planejamento formar de um empreendimento. Começamos a fazer e fazer e depois sentimos que tinha virado um business e percebemos a necessidade de organizar e formalizar tudo. Primeiro a coisa aconteceu sabe?!
Acho que nenhum microempreendedor começa com muito dinheiro. Você inclusive tem dificuldade de saber quanto investiu no começo do negócio porque é algo feito de forma muito orgânica.

3 – Você percebe o mercado de alimentação como uma ilha blindada em meio a negócios que não são de primeira necessidade? As pessoas continuam comendo não importa a situação econômica?
A comida é um gênero de primeira necessidade. Mas acho que nenhum negócio é blindado de crises. As pessoas não vão deixar de comer em situação de crise, pelo menos não as que estão inseridas no contexto de mercado vigente, mas elas com certeza vão repensar a forma como o fazem. E isso significa que por um lado elas mudarão de lojas, de produtos e de hábitos. Também podem passar a evitar comer fora de casa, reduzir a comida consumida como forma de lazer e entretenimento. Mas por outro isso alimenta outros formatos de consumo como a busca por aprendizado para cozinhar em casa, que também impactarão no mercado alimentício.

4 – Qual a dica que você daria para uma pessoa que quer começar a empreender nesse segmento?

A dica acho que é acima de tudo vá com calma. Não é pq uma ideia é boa na sua cabeça que ela funcionará. Então não seja impulsivo, pense antes de agir. Que tudo acontecerá conforme o você se preveniu