Parques tecnológicos ao alcance das MPMEs
Ao falarmos em Parque Tecnológico, muitas vezes, o que nos vem à cabeça é que só grandes empresas podem estar ali. Mas engana-se quem pensa assim. Um Parque Tecnológico é uma concentração de empresas, instituições de ensino, incubadoras de negócios, centros de pesquisa e laboratórios que criam um ambiente favorável à inovação.
São empreendimentos que resultam de parcerias entre Estado, prefeituras, universidades e empresas e formam um ambiente que gera colaboração entre os participantes para a promoção de ciência, tecnologia e inovação.
O Estado de São Paulo tem o mais importante sistema de Parques Tecnológicos do país, com 28 iniciativas já instaladas ou em instalação. Como exemplo podemos citar o Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, que foi estruturado por meio de uma parceria entre a Universidade de São Paulo, Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo e a Fipase – Fundação Instituto Pólo Avançado de Saúde.
O parque tecnológico tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento científico e tecnológico da região, atraindo empresas que realizam pesquisa e desenvolvimento e invistam em produtos e processos inovadores, voltadas prioritariamente para as áreas do Complexo Industrial da Saúde – CIS, Biotecnologia, Tecnologia da Informação e Bioenergia, sem prejuízo de outras áreas, e que valorizem o desenvolvimento sustentável e a agregação de valor à produção.
Supera é uma incubadora de empresas de base tecnológica, sem fins lucrativos, que oferece apoio para a criação de novos negócios oferecendo o espaço físico para o empreendimento, serviços básicos, assessoria, capacitação e networking com o intuito de contribuir para a criação, desenvolvimento e aprimoramento de micro e pequenas empresas de base tecnológica nos seus aspectos gerenciais, mercadológicos e de recursos humanos.
E a incubadora busca novas empresas duas vezes ao ano. Mas para entrar é preciso participar de um processo de licitação. “São feitas duas seleções por ano. Agora no primeiro semestre vamos escolher 11 empresas. O número de vagas varia de acordo com o espaço disponível na incubadora”, diz Saulo Rodrigues, gerente da Supera.
Rodrigues explica que podem submeter projetos empreendedores atuantes na área da saúde, em atividades ligadas à biotecnologia, medicina humana e veterinária, equipamentos e materiais de uso médico-hospitalar-odontológico, instrumentação, tecnologia da informação ou química. “Essas são áreas preferenciais para apoio. Entretanto, a incubadora não exclui a possibilidade de apoio às propostas de outras áreas”.
Os empreendedores interessados em uma das vagas da Supera, passam por um curso de capacitação para a elaboração de modelo de negócios e, posteriormente, apresentam seus projetos para uma banca que avalia e escolhe os novos incubados. As classificadas são dividas em três categorias (pré-residência, residência ou associação), de acordo com o grau de maturidade do negócio.
Todas as empresas recebem o mesmo apoio para o desenvolvimento do negócio, incluindo acesso a investidores, networking, capacitações e mentorias. “O que as diferencia em relação às categorias de incubação é o espaço que será compartilhado, no caso da pré-residência ou individual, para residência”, explica Rodrigues.
O investimento para participação no edital é de R$ 100, incluindo a participação (uma pessoa) no curso de capacitação para elaboração de modelo de negócios.
As propostas recebidas pela Supera são submetidas ao parecer de um comitê técnico científico e julgadas pelo conselho consultivo. São avaliados critérios como experiência técnica e gerencial, perfil do empreendedor, grau de inovação ou ineditismo científico do projeto, entre outros.
As empresas em pré-incubação têm o direito de utilizar a sala compartilhada por um período de até três anos, com uma taxa mínima que varia entre R$ 200 a R$ 300 por mês. Na categoria incubação, as empresas são divididas em salas individuais de 40, 60 e 80 metros quadrados, por um período de três anos, renovável por mais um e taxas que variam de R$ 15 a R$ 27 o metro quadrado por mês.
Sorocaba, São José dos Campos, São Carlos e Campinas são algumas das regiões do Estado de São Paulo que possuem importantes parques tecnológicos. Para saber mais sobre os tipos de empresas que eles congregam e como participar, entre no site da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação: www.desenvolvimento.sp.gov.br/parques-tecnologicos.